O ser humano não é lógico. Não somos fórmulas, nem equações. Nossas mentes trabalham incessantemente, recebendo, analisando e decidindo. “NÃO SOIS MÁQUINAS, HOMENS É QUE SOIS”, disse o renomado ator Charles Chaplin na sutileza e humildade da sua pessoa e do seu personagem. Com a pureza e força do coração, fazendo de cada minuto da sua encenação, uma demonstração e gesto de carinho e prestígio a natureza humana. Outras grandes personagens, da mesma forma, representam o amor através das palavras e atitudes que por vezes nos fazem repensar e modificar valores e comportamentos. Concordamos mais uma vez não haver lógica, mas percepção de sentimento, carinho e amor.

Uma face do amor, representa um forte sentimento motivado por algo que almejamos, desejamos, ambicionamos, ou simplesmente consideramos relevantes ao longo das nossas vidas. Escrever sobre o amor que a sombra de uma árvore nos oferece, ou o conforto de uma bela mansão que nos acolhe a cada dia, ou aquele amor enfático e obcecado pela bela Mercedes na garagem, enaltecendo nosso status e amaciando nosso ego junto à sociedade e aos amigos. Esse amor material aqui descrito e sinteticamente exemplificado nos torna admirados, poderosos e respeitados, motivados e com elevada autoestima.

Na vida, a cada dia queremos SER e TER, mais e mais. Preservar e valorizar todo esse amor material que nos cerca, por ambição e porque não dizer, cultura, esteve e sempre estará pautado na nossa cadeia de valores pessoais e profissionais. A questão é a sua dosagem e equilíbrio na vida de cada um de nós, uma vez que, vivemos num mundo lógico e frio, mas cercados por sentimentos e calor humano.

Descrever o amor demandaria mais tempo e lógica, encaixando ideias como um quebra cabeça, e no final, o resultado certo, conhecido, esperado e meramente assertivo do mundo contemporâneo supervalorizado pelas nossas ambições materiais.

A outra face do amor nos separa e distingue da face lógica, sem escala numérica, medidas e dimensões materiais. As ações são espontâneas e instintivas, sem preço, interesses em ser ou ter. Descrever esse amor é presenciar uma mãe trazendo no ventre uma nova vida, aonde a dor do parto vem da luz e renovação. Não há lógica, só sentimento. Nossos puros gestos, de prestígio, carinho, igualdade e sentimento para com o próximo. Dizia a mãe: “Fazer o bem sem interessar a quem”, não enxergar faces, mas o carinho, fraternidade, apreço e a simples atitude em fazer. Amar é ao próximo, sem rosto, sem roupagem, não pela aparência ou poder. Sem expectativa de retorno e reconhecimento.

O amor que se descreve pelo contato, não só da palma da mão, mas da sinergia inexplicável do coração. Àquele do mais puro sentimento, que não nasce conosco e que ao longo da vida não se acaba com a certeza da nossa destinação. Impulsionado pelo coração passa a ser eternamente lembrado em nossa mente. Como os animais que instintivamente amam como se suprissem uma mera necessidade essencial da vida. Desejo a todos que encontrem, na “batedeira” do dia a dia, uma pausa para reflexão sobre a sua definição e equilíbrio sobre as faces do amor, aquele que na vida nos leva a mera necessidade do TER ou SER, e aquele que vem da voz do coração.

Vamos vencer.



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